Aeroporto Bruxelas - Zaventem

Localização
Este aeroporto encontra-se a cerca de 11 km ao nordeste do centro de Bruxelas, em Zaventem.

Para chegar em automóvel ao aeroporto, os motoristas / os passageiros provenientes de outros sítios deverão conduzir até ao Anel Rodoviário de Bruxelas R . E, em seguida, seguir a sinalização pela autoestrada A201.

Para chegar em comboio ao aeroporto, o passageiro deverá até à «Brussel Centraal Station» e prosseguir com o comboio «Airport City Express», que parte também das estações «Brussel Noord Station» e «Brussel Zuid Station» e segue até à estação no andar inferior do aeroporto.

Para chegar em autocarro ao aeroporto, há vários autocarros que circulam até ao aeroporto. Da «Centraal Station», partem diariamente os autocarros 471 da empresa «De Lijn»; e da estação de metro próxima Luxembourg/Luxemburg, os autocarros 12 da »Airport Line«, a cada 30 minutos. Há também os autocarros 11 da «Airport Line» na estação de metro Schuman. Além destes autocarros, o passageiro poderá utilizar os seguintes autocarros:272, 282, 359, 471, 616, 621, 651, 652, 659, 681, 682, 683, 820, 821 e 823.

Além destas alternativas, há táxis e automóveis de aluguer à disposição dos passageiros.

História
Em 1914, a Bélgica foi invadida por tropas alemãs que procuravam um terreno para construir um hangar para o zeppelin, até que encontraram-no entre as cidades de Haren e Evere. Em 1915, foi concluído o referido hangar. E, neste mesmo ano, o zeppelin LZ38, ali estacionado por problemas com o motor, foi destruído por bombas.

E, com a assinatura do Armistício em 1918, a força aérea militar belga começa a utilizar as instalações e o terreno abandonados. O hangar virá a ser demolido somente em 1923, mas utilizado até então para guardar os aviões alemães abandonados e utilizados para os primeiros voos. A casa real belga interessou-se muito pronto pela aviação. Em 1931, o rei assina um decreto para a constituição da SNET «Syndicat National pour l'Estude des Transports Aériens», de onde nascerá mais tarde a SABENA, a companhia aérea belga. Uma semana após sua constituição, a SNET organiza um voo experimental com dois passageiros em um bombardeiro alemão reconvertido, na linha Bruxelas - Londres e na volta à Haren, via Paris.

Gradualmente, surgem os serviços ligando Bruxelas à capital francesa e britânica, tanto que os militares são concordes em aceitar as atividades civis e comerciais nestes instalações, em Haren. Para oferecer maior conforto aos passageiros, decidiu-se por construir um terminal que os acolhesse bem. O grande incêndio de 1921 destrói grande parte da frota da SNET, provocando a suspensão de várias linhas. Em consequência, iniciou-se a construção de um grande hangar em pedra que acomodava as ainda frágeis aeronaves àquela altura, durante o inverno.

Em 1923, foi inaugurado o primeiro centro de rádio. E, ao final deste ano, a SABENA recebe a autorização para construir um novo terminal no aeroporto. Em 12.2.1925, a SABENA realiza o primeiro voo com destino ao Congo Belga, atual República Democrática do Congo. Uma semana depois de seu voo entre Nova Iorque e Paris, Charles Lindbergh pousa no Aeródromo de Haren, a bordo do famoso «Spirit of St. Louis». O herói foi hospedado em Bruxelas pelo rei Alberto I e a rainha Elisabeth. No dia seguinte, ele retorna à Croydon, no Reino Unido.

O tráfego aéreo não cessa de crescer e, em setembro de 1929, o novo terminal entrou em operação. Com isto, várias companhias aéreas começam a operar no aeroporto, muitas em partilha e cooperação entre si. Neste momento, inciaram-se lentamente discussões quanto ao alargamento e modernização do sítio de Haren, especialmente quando mostraram-se quase 45 mil movimentos por ano. Em 1935, foram estabelecidos os voos regulares para o Congo.

Em 1940, tropas alemãs invadem a Bélgica e, uma semana mais tarde, assumem o controlo do aeródromo. Os alemães rapidamente iniciam a construção do campo de pouso em Melsbroek, próximo ao aeródromo de reserva militar belga de «Steenokkerzeel». O aeródromo permaneceu em mãos alemãs até setembro de 1943. A aldeia de Melsbroek foi completamente bombardeada, até à liberação do país em 1944.

Depois da guerra, grande parte da infraestrutura de Melsbroek passou ao controlo dos britânicos e, justamente nela foi instalada a aviação civil. Entre os primeiros passageiros no Pós-Guerra estavam os prisioneiros de guerra britânicos que retornavam ao seu país. Portanto, o centro de gravidade da aviação civil belga deslocou-se de Haren para Melsbroek.

Em 1949, todas as companhias aéreas regulares deixam Haren para estabelecer-se em Melsbroek, oficialmente inaugurado pelo príncipe regente, em Julho de 1948. E a RVA «Régie des Vois Aériennes» não economizou esforços para dotar a Bélgica de um aeroporto civil de dimensões internacionais. Logo, chegaram companhias aéreas pioneiras, tais como a Pan American World Airways. Em 1950, passaram cerca de 240.000 passageiros no aeroporto, número de passageiros semanalmente no Aeroporto de Zaventem.

Em 1955, o Rei Balduíno inagurou a ligação ferroviária entre o centro de Bruxelas e Melsbroek, antes de realizar o primeiro voo de ligação para o Congo. Foi o primeiro aeroporto a integrar quase perfeitamente os transportes ferroviários e aéreos. Os passageiros podiam realizar o check-in no terminal da SABENA na estação de comboios, onde tomavam o comboio para o aeroporto e entrar na aeronave sem ter que se preocupar com sua bagagem.

Em 1956, o Ministério dos Transportes decidiu construir um novo aeroporto, pois Melsbroek tornara-se pequeno para absorver o fluxo de turistas esperados para a Expo de 1958. Em Maio de 1958, o complexo do novo aeroporto foi entregue à RVA pelo Ministro Anseele. Mas para manter o equilíbrio, foram escolhidos três arquitetos: um de Bruxelas, um da Valónia e um de Flandres. E, no curso da modernização, as pistas e hangares foram adaptados à era dos aviões a jato. E isto, tornou-se claro em 1955, quando a SABENA comprou Boeings 707. O hangar 40, usado em 1964, possuia um telhado que cobria uma aŕea tão grande quanto à «Grand Place», em Bruxelas. Em 2006, foi completamente consumido pelas chamas de um incêndio.

Até aos nossos dias, este aeroporto conheceu somente um acidente aéreo fatal com aviões de linha, em 1961. Em 1970, Zaventem recebeu o primeiro jumbo. Com o crescimento da aviação executiva, em 1972, a RVA decidiu por construir um terminal voltado a este destino. Nos anos que se seguiram, o aeroporto recebeu um número impressionante de passageiros, se comparado com os de 1958. Em 1985, Herman de Croo, ministro dos transportes à época, lança as bases para a modernização das instalações com o «Projeto Zaventem 2000» Em 1987, Zaventem ganha o Centro de Controlo do Tráfego Nacional Assistido por Computador.

Em 2004, Zaventem ganha uma torre de controlo hipermoderna, o que garante a segurança do tráfego aéreo. A rica história de Zaventem é a base para o Aeroporto de Bruxelas, não obstante o «World Trade Center» e a perda da SABENA, foi capaz de repreender o seu voo e tornar-se o aeroporto internacional crescente que é hoje.