O
Mali, um país independente desde 22.09.1960, é um estado sem saída para o mar, localizado ao noroeste do continente africano. Está delimitado pela
Argélia,
Níger,
Burkina Faso,
Costa do Marfim (Côte d'Ivoire),
Guiné,
Senegal e
Mauritânia. O nome é originário dos malinques súditos do antigo grande reino do Mali, do século X e XVI. Em bambara, uma das muitas línguas do país, mali é também a palavra para «hipopótamo», o animal no brasão do país, que existem em grande número no Níger.
Geografia:
O Mali é uma zona infértil da Zona do Sahel, ao sul do Saara. A exceção de algumas montanhas, o terreno é relativamente plano. Ao todo o Saara ocupa cerca de 60% da superfície do Mali. As planícies infinitas do país são cortadas pelo rio Níger. Só ao norte desta região seca e inóspita, quase à fronteira da Argélia, o Mali possui algumas planícies mais altas, que pertencem geograficamente ao Maciço do Adrar-de-Iforas e até 800 metros acima do nível do mar. Esta região é relativamente inabitada, a exceção de alguns oásis. A maioria da população multi-étnica vive no sul, visto que a savana fértil é usada para a agricultura. Ali encontra-se também ao sudeste do Maciço de Bandiagara, na fronteira com Burkina Faso e Côte d'Ivoire, onde também encontram-se as montanhas mais altas do país.
Montanhas e rios:
O Hombori Tondo, no maciço de Bandiagara, é a maior montanha do Mali, com 1.155 metros de altura. A montanha localiza-se na região de Dogon e teve sempre uma importância na população como refúgio por séculos. E neste maciço arenoso são os cemitérios ali construídos, que podem ser alcançados parcialmente só por altas escadas. O maciço e as 250 aldeias em seu redor foi declarado pela UNESCO como património da humanidade.
O maior e mais importante rio do Mali é o níger, que perfaz uma grande volta abaixo da zona do Sahel. O comprimento deste rio, o terceiro maior da África, é de cerca de 4.185 km. Ele nasce nas montanhas na Guiné e percorre ao todo 4 países, antes de desembocar no Delta do Níger, no Golfo da Guiné. O rio é a artéria de todo o país, na qual vivem mais de 110 milhões de pessoas em suas margens e que dela dependem directamente. Em sua longa viagem, este rio percorre várias regiões, com montanhas, florestas, savanas e desertos.
Clima e melhor época para visitar:
Existem três estações no Mali, que são influenciadas pela longitude. A estação de chuvas especialmente, entre Junho e Outubro é realmente perceptível no sul do país. Quanto mais ao norte, menos chuva. Principalmente no extremo norte, na fronteira do Saara, encontra-se uma região climaticamente desfavorável, pois ali quase nunca chove. Nesta região, durante o período de chuvas, é perceptivelmente mais quente do que no sul, onde existe uma estação mais fria entre Outubro e Fevereiro. O período de verão é marcado por ventos muito quentes e secos. As temperaturas médias diárias podem atingir "apenas" 45° C no verão, em Bamako. Contudo, na zona do Sahel e também no Saara as temperaturas podem chegar até mais de 50° C diariamente. Um período favorável à visita é durante os períodos mais frios, de Outubro até ao final de Fevereiro, quando as temperaturas médias diárias de cerca de 30° C.
Idioma:
O idioma deste país multi-étnico é o francês, que é falado por toda a população como língua estrangeira. Os idiomas utilizados são o bambara, fulfude, malinke, solinke e o árabe do norte. Mas os conhecimentos de francês são essenciais em uma visita ao país.
Saúde e vacinação:
Recomenda-se a vacinação contra hepatite A, tifo, poliomielite, difteria e tétano. Aconselham-se igualmente roupas que cubram todo o corpo e repelentes contra moscas e insetos que transmitem enfermidades viróticas. Há grande possibilidade de contracção de malária durante os meses de chuva, ao sul do rio Níger. Por favor, informe-se, atempadamente, junto ao seu médico de família ou no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, em Lisboa, sobre possíveis as profilaxias. Além disto, desaconselham-se os banhos nos rios, lagoas ou qualquer outro local semelhante. É provável a infecção de doenças como a Bilharzione. Esta recomendação aplica-se também aos mares de Banani e de Siby (arredores de Bamako), situados em zonas turísticas. Somente em Bamaco estão assegurados bons serviços de assistência médica. É importante possuir um seguro de saúde válido em todo o mundo e que assegure explicitamente a repatriação do Mali em casos de emergência. A todo passageiro com mais de um ano de idade é exigido o boletim internacional de vacinação contra a febre amarela. Além disto, recomendamos o consumo de água engarrafada; os frutos devem ser descascados e as verduras e legumes deverão ser cozidos. Visto haver perigo de infecção, deve-se portar também uma pequena caixa de remédios consigo.
Entrada no país:
Os cidadãos portugueses deverão apresentar: passaporte válido no mínimo por seis meses e duas fotografias. Actualmente há exigência de visto de turista, que deverá ser requerido 2 semanas e meia antes do início da viagem, na secção consular das embaixadas do Mali. Este visto vali inicialmente apenas por 30 dias e poderá ser prorrogado em Bamaco junto às autoridades de imigração ou aos comissariados policiais.
Para maiores informações a respeito de recentes determinações legais quanto à vacinas, entrada e segurança, informar-se junto ao consulado ou no seguinte enlace:
http://www.mae.gov.ml/exteriur.php?#acc14
Chegada e prosseguimento da viagem:
De
Lisboa (LIS), não há voos directos para
Bamaco (BCO). Somente a Air France (AF) e a Compagnie Aérienne du Mali (I5) vooam de
Paris-Orly (ORY). E outras companhias em codeshare com a Air France (AF) oferece voos para Bamaco (BCO) de outros aeroportos, tais como:
Lisboa (LIS),
Madrid (MAD) ou
Frankfurt (FRA). E também a
Royal Air Maroc (AT) ou da
Tunis Air (TU) mantém uma escala em seus hubs de
Casablanca (CMN) ou
Túnis (TUN).
Em Mali, há várias companhias aéreas regionais, tais como a Mali Air Express e a Sahel Aviation Service, que dispõem de uma grande rede doméstica e ligam a capital com os aeroportos malineses, como:
Tombuctu (TOM),
Kayes (KYS),
Nioro NIX),
Gao (GAQ),
Sikasso (KSS),
Goundam (GUD) ou
Mopti (MZI).
Capital: A capital Bamaco está ao sudoeste, às margens do rio Níger, próximo à fronteira com a Guiné e tem mais de 1,5 milhão de habitantes. Esta capital moderna e viva é o centro administrativo e cultural de todo o país - e, principalmente, durante todo o ano é verde. A savana fértil e exuberantemente verde dá lugar aos tons amarelos e marrons. Entre as atrações turísticas estão o jardim botânico, o zoológico, o museu de arquitetura, o museu de artesanato, o museu nacional e alguns mercados locais.
Atrações turísticas:
A Mali multi-étnica possui uma herança cultural muito rica e oferece ao turista diversas possibilidades de descobrimento do país. Até agora o Mali ainda não incrementou a infra-estrutura do turismo, visto que dentro da zona do Sahel não se encontram nenhum parque nacional de nome. Em relação a isto, o Mali é uma grande chance para turistas individuais que poderão admirar muitas construções feitas pela mão do ser humano em 1.000 anos de história de Timbuctu ou Djenne, que sempre nossa imaginação e imagem da África. Em uma viagem ao Mali pode-se descobrir cabanas cobertas com palha em aldeias de pedra rosa, savanas surreais infinitas, mercados coloridos tipicamente africanos e muitos testemunhos arquitectónicos de outras épocas. Além disto, quase todas as atrações encontram-se às margens do Níger.
A primeira atração, a ser visitada e para qual a maioria dos turistas se dirigem, esta a cerca de 500 km ao nordeste de Bamaco: Djenne. Foi um centro comercial muito antigo na rota das caravanas do Saara que já foi mencionada há mais de 2.200 anos. A grande atração de Djennes é a enorme mesquita, em estilo sudanês, construída em 1250. Tanto esta quanto a cidade velha são patrimónios da humanidade. A igreja de Djenne é toda feita em argila e, simultaneamente, é a maior construção em argila do mundo. Ela é a construção mais famosa do continente e foi declarada património cultural da humanidade pela UNESCO, em 1988. Este património deveria ser visitado, especialmente, às segundas-feiras posto que há o tradicional mercado em Djenné diante da igreja.
Mopti situa-se na confluência do rio Bani e Níger, no Mali. Este local encontra-se em três ilhas, que estão interligadas por meio de represas. Entre as maravilhas da cidade estão também a mesquita feita em argila, o mercado dos souvenirs, o porto, que é a artéria da cidade. A próxima atração turística é o planalto de Bandiagara ao sul de Mopti. Ali encontram-se as aldeias dos Dogons, cujos costumentes e tradições permancem intocados pelo Islão. Este povo é conhecido por suas crenças animistas. É única e impressionante a posição de suas aldeias, assemelham-se a um colar de pérolas na montanha.
Ao longo do Níger, em direcção oeste, está Tombuctu, a verdadeira atração do país e, simultaneamente, um dos tesouros culturais mais importantes da história da humanidade. Esta cidade-oásis, património da humanidade da UNESCO, foi no seculo XV. o centro importante de comércio de ouro e sal e, ao mesmo tempo, um centro significativo para estudos islâmicos. Merecem ser visitados em Tombuctu, as mesquitas de Djinger-bur, Sidi Yahiya e Sankore e os 16 túmulos do século XIV, que são testemunhos silenciosos de uma antiga civilização. Quase todas as casas de Tombuctu têm seus telhados em argila. Além destas construções tradicionais, encontram-se cada vez mais casas construídas em calcário em estilo arquitectónico norte-africana e sul-espanhola com fachadas em estilo marroquino e janelas andaluzes. O nome desta cidade, não directamente próxima do rio Níger, significa «fonte de Buktu». Tombuctu não é facilmente acessível. Um cruzeiro só é possível quando o nível do rio o permite - e somente na época das chuvas. As estradas do sul que conduzem a Tombuctu são frequentemente tomadas pela areia do deserto e durante dias são intransponíveis. A forma mais rápida e com menos desagradável é por avião a partir de Bamaco.
Ainda ao leste do Níger está a cidade de Gao, às orlas do rio Níger, no nordeste do país. Ela é outra atracção do Mali, que não deve-se perder. Em Gao, deve-se visitar em a mesquita de Kankan-Moussa e os túmulos dos Askia, uma dinastia desaparecida há muitas décadas, que foram inspirados nas pirâmides egípcias.
Aos admiradores de safaris e da natureza recomendamos uma visita ao parque nacional de La Boucle de Baoule no sul do Saara, em que podem-se observar girafas, leopardos, elefantes, hipopótamos, búfalos e o rei dos animais bem próximos.
Religião:
A população do Mali compõe-se por mais de 30 etnias que, em grande parte, coexiste pacificamente há séculos. Quase 90 % desta população é muçulmano sunita. E além disto, há no sul do país uma minoria de cerca de 9 % que pratica religiões animisticas, bem como 1 % de cristãos de várias correntes.
Cidades grandes e acomodação: Bamako, Sikasso, Mopti, Kayes, Gao und San.